A vida é uma tragédia quando vista de perto, mas uma comédia quando vista de longe
27 de setembro de 2008
Rodin, um escultor sublime
August Rodin (1840-1917), escultor francês, desde muito cedo mostrou aptidão para as belas artes, ao longo da sua vida foram ínumeras as suas criações, desde o beijo, o pensador, entre muitas outras.
Um cheirinho das Fábulas de la Fontaine
As fábulas de La Fontaine (1621-1695) são maravilhosas, deixo-vos aqui uma pequena fábula que ilustra ou retrata o ser humano, porém o intuito não é somente caracterizar alguns comportamentos mas também moralizá-los, como referia o autor Sirvo-me dos animais para instruir os homens. Essa questão didáctica, como a instrução perpassa todas as fábulas. A afirmação Segundo o que voçê for, rico ou pobre, os julgamentos da corte o tornarão branco ou preto mantém-se todavia actual.
O LOBO FEITO PASTOR
Para assaltar um rebanho
Sem nele espalhar o horror,
Um lobo - recurso estranho! -
Quis disfarçar-se em pastor
Mas do pastor verdadeiro
Buscando a voz imitar,
Acordou este e o rafeiro,
Que estavam a ressonar
E plos dois reconhecido,
Morto é logo o espertalhão,
Que, pelo traje impedido,
Tentara fugir em vão
Velhacos, ou longe ou perto,
São pilhados afinal.
O que for lobo, o mais certo
É sempre obrar como tal.
La Fontaine, O lobo feito pastor in Fábulas, Ed. Círculo de Leitores
24 de setembro de 2008
Gatos, esses bichos adoráveis
Há diversos registos que apontam para a sua existência no antigo Egipto, onde eram venerados e amados, na idade média eram associados a feitiços e bruxaria, paulatinamente foram sendo aceites.
Hoje em dia, o gatos estão longe de serem considerados um símbolo de má sorte, antes pelo contrário, são uma companhia indispensável, pelo menos para mim!!
23 de setembro de 2008
Desejo
Na 2º feira, começamos a trabalhar, na 3ª já pensamos no sábado e no domingo.
Quando chega este último, pensamos quando é que vem o próximo.
A nossa vida, não é mais que uma mão-cheia de rotinas, hoje fazemos isto, daqui a pouco aquilo, mas sempre a mesma coisa, de vez em quando lá aparece uma novidade, pequenina, mas que não apaga em nada as grandes rotinas.
Irra, que chatice!!
21 de setembro de 2008
Antuérpia
Antuérpia, é uma cidade fantástica. Capital da lapidação dos diamantes, facilmente encontramos judeus ortodoxos, os homens vestidos de preto e as mulheres com cabeleira postiça, curioso elas terem que rapar o cabelo e eles terem que deixar crescer a barba. A maior parte dedica-se ao comércio de diamantes. A cultura judaica sempre me cativou, ainda mais quando visitei em Toledo a antiga sinagoga e respectivo museu. Já em Amesterdão parei para adimirar a sinagoga dos portugueses, de suster a respiração. Pensava muitas vezes o que seria hoje em dia Portugal se os judeus não tivessem sido expulsos, não temos sinagogas para vistar e admirar, mas antigas judiarias, é bom não esquecer que a cultura portuguesa assenta marcadamente na cultura judaica-cristã.
Mas voltando a Antuérpia:
O património histórico é riquissímo, as casas fantásticas, as igrejas igualmente, muitas delas com pinturas de Rubens.
A Groet market (praça central), impressionante com a não menos famosa fonte de Brabo; a casa de Rubens (Rubenshuis); a Igreja de São Paulo (séc. XVI); a Catedral de Nossa Senhora (séc. XIV); a Igreja de São João (onde está sepultado Rubens, datada do séc. XV).
Os museus, de salientar o Museu Plantin-Moretus (instalado numa casa do séc. XVI, é dedicado à imprensa que remonta aos séc. XV e XVI, Plantin era o tipógrafo mais conhecido, uma das preciosidades é uma Bíblia de Gutenberg); Museu Koninklijk (onde estão expostas obras de Rubens, Van Dyck, Jordaens, René Magritte, Paul Delvaux, Tissot,Van Gogh, entre muitos outros)
A béguinage de Antuérpia merece uma visita obrigatória. As Béginages são compostas por um conjunto de edifícios utilizados pelas beguinas. De inspiracão católica e datadas do séc. XII, encontram-se em várias cidades belgas, assim como na Holanda, França e Alemanha.
Na Flandres durante a idade média, existiam mais mulheres que homens, consequência de doenças, de guerras e das cruzadas. O facto é que existiam muitas viúvas e raparigas solteiras. Não se podiam tornar freiras, porque não dispunham de um dote para entrar num convento, para evitar que caíssem em tentação - mendigagem ou prostituição - criaram-se as Béguinages.
As Beguinas como eram conhecidas, levavam uma vida semi-religiosa, não eram consagradas nem tinham pronunciado os votos. Mais livres que as freiras, podiam deslocar-se de Béguinage em Béguinage, tinham ao seu dispor capelães e confessores e uma igreja ou capela no recinto da Béguinage.
Quanto a divertimento, esta maravilhosa cidade é um oásis. Pubs acolhedores, cafés e muito mais.
Vale a pena visitá-la!
Mamma Mia
O cenário é uma ilha grega, aliás, lindíssima. Donna, mãe solteira com uma filha, Sophie, de 20 anos prestes a casar, deseja ardemente saber quem é o pai. Através do diário da mãe, sabe que há 3 possíveis candidatos, para tal decide convidá-los para o seu casamento e a partir daí deduzir quem será verdadeiramente o seu progenitor.
Não gosto de comédias musicais, no entanto estava com curiosidade de ver este filme, confesso que passei um bom bocado, mas não repetiria a dose.
Até breve!
20 de setembro de 2008
Coisas do dia-a-dia
O tempo tem estado cinzento, de vez em quando chovisca.
Estou a ler o livro de Elizabeth Gilbert Comer, Orar e Amar. Muito interessante, de leitura fácil, cativa-nos logo na primeira página. Ainda só li cerca de 30 páginas, mas está a ser muito compensador. Tomara muitos de nós termos a coragem da autora!
Na tv não dá nada de jeito, os canais generalistas ficam aquém daquilo que desejo, mas enfim, valha-nos os canais da cabo.
Ainda assim, muitos repetem os programas, uma chatice. Mas posso escolher e fazer zaping.
16 de setembro de 2008
O Outono
Com o frio apetece ficar em casa, a ver televisão, ouvir música ou a dormir.
Ou a ler um bom livro.
Daqui a pouco é o Natal. Como o tempo passa tão depressa! Às vezes há momentos, tempos que nem damos por eles. Enfim..
O país está um caos, económica e socialmente. São os assaltos, o desemprego, a falta de dinheiro. A angústia e a insatisfação imperam. Por vezes parece que nós próprios caminhamos para o abismo, sem termos a ideia do que é ou no que é que consiste. Não conseguimos definir o sentimento ou a ideia que o caracterizam, mas alguma coisa é.
Não vale a pena pensar muito, quanto mais nos debruçamos sobre o porquê disto ou daquilo mais intensamente vivenciamos o desalento.
Para a frente é que é o caminho!! Sem tristezas, desânimos e angústias. A vida é assim, um misto de intensas emoções, boas e más....